Mauro diz que acompanha contágios e descarta decretos de 'fecha tudo'

O governador Mauro Mendes (DEM) demonstrou preocupação com a alta de casos de covid-19 e o surto de influenza detectados no final de 2021 e início deste ano. Entretanto, afirmou que o Estado não pretende adotar decretos restritivos para a população. 

Apesar de afirmar que, pessoalmente, é contra a realização de eventos que gerem a aglomeração, como o Carnaval, Mauro pontuou que os municípios têm autonomia para identificar a situação da saúde da população, bem como de implantar as medidas que julgarem necessárias para a realidade local.

“Qualquer decreto de restrição vai ficar a cargo dos prefeitos. As realidades são diferentes. Mas nós estamos acompanhando de perto. Temos reunião quase todos os dias com alguém da Saúde para acompanhar isso”, observou o governador, em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (17). 

Mauro ressaltou que a nova onda de contaminação atinge não apenas os municípios de Mato Grosso, mas de todo o mundo, e que os dados têm mostrado que onde há um alto número de vacinados, as taxas de contaminação e internação são menores.

“Ficou comprovado que no final do ano, em função de muitas festas de Natal e ano novo houve, no Brasil inteiro, uma explosão do surto de contaminação. Graças a Deus, pela vacina, tivemos um baixo número de letalidade na maioria dos casos”, observou. 

Atualmente, Mato Grosso tem cerca de 70% da população completamente imunizada, isto é, com o esquema de duas doses de vacina completo. Entretanto, a preocupação é com a redução do ritmo de vacinação, que gira em torno dos 70% desde o início de dezembro. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, pelo menos 400 mil moradores ainda não tomaram nenhuma das doses.

Em contrapartida, diversos municípios já registram aumento expressivo no número de casos. Como consequência, decretos municipais foram editados determinando desde a restrição no horário de funcionamento do comércio à proibição de festas e outros tipos de eventos que gerem aglomeração. Até mesmo atividades ao ar livre que são realizadas em grupo foram proibidas em algumas cidades.